sábado, 27 de setembro de 2008

o natal está chegando...mas antes tem o dia das crianças...



Isso é bobagem, datas não são importantes, isso é marketing de comerciante querendo vender, isso é apelação...
Que seja, nem vou entrar neste mérito, apesar de tudo que dizem por aí quero e devo agradecer a estes comerciantes que pagam muitas vezes quantias absurdas e investem em propagandas no canal do plim plim, agradecer aos autdors com suas fotos emocionantes, de crianças lindas (claro que eles escolhem as mais bem nascidas daquela agência famosa de propaganda), brincando com aqueles brinquedos que são caríssimos, e que deixam os pais enlouquecidos e muitos deles não resistem e acabam fazendo a vontade de seus pequenos chantagistas, e justificam dizendo:
-Tadinho ele nem dorme direito desde que viu essa propaganda pela primeira vez.
Enfim, voltando ao assunto, a propaganda é a alma do negócio.
Temos muitas datas comemorativas, dia das mães é a campeã de vendas (depois do natal, eu acho).
Nossa! Nesta data, eles pegam pesado. Algumas propagandas, se bobear nos fazem chorar.
Dia dos pais então, já vi filho se arrependendo, pegando um ônibus na rodoviária, pagando a passagem com o dinheiro emprestado, e indo ver o pai que deixou pra trás há anos, só pra pedir perdão, de tão emocionante que foi aquela propaganda das casas... o que mesmo??? Nossa me esqueci o nome da loja, só me lembro que é o nome de um estado, onde se come muito acarajé, onde as pessoas parecem serem mais felizes, arrastando seus chinelinhos e falando bem devagarinho, sem nenhuma pressa. E se querem saber, estão certíssimos, correr pra que???
Enfim, voltando ao assunto, existem ainda outras muitas datas, todas elas com o seu grau de importância e para os comerciantes de vendas claro.
Do Natal nem vou entrar em detalhes agora, não quero fazer ninguém chorar antes da hora, mais pertinho desta data tão importante, falaremos mais detalhadamente.
Enfim voltando ao assunto, novamente me perdi...(isso sempre acontece)...
A minha intenção não sei se vocês se lembram, lá em cima, no começo do texto, é agradecer a essas agências, a esses comerciantes que usam nossas carências e tocam nossos corações sem dó, e como conseqüência nossos bolsos, mas mesmo assim é preciso admitir que graças a todo esse marketing, que não é fácil, (já existe, ou sempre existiu, não sei... até faculdade) eles ajudam a unir as pessoas.
Graças a eles, profissionais brilhantes, as famílias se unem nestas datas queridas,
reúnem-se, se encontram, se perdoam, se beijam, se entendem mesmo que temporariamente, isso não importa, afinal as propagandas vão estar aí todos os anos,
fazendo com que a gente se lembre de exercitar o amor, mesmo que seja através de um presentinho das casas.(aquela do acarajé).
Por isso, preparem os corações, os bolsos e as bolsas, porque o natal está chegando, mas antes tem o dia das crianças.

Carla Pianchão

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

nasceu hoje...a pequena Carolina...


Carla...estou indo...chegou a hora...
Vá com Deus...vou ficar torcendo pra que corra tudo bem...
Vá tranqüila...
E lá foi ela...com o seu barrigão...
Dava pra ver em seus olhos... um pouco de medo...alguns receios...e muitas dúvidas...
Afinal...ela deixava pra trás...sua pequena Júlia...que ficou dormindo...com apenas um ano e dois meses...
Quando ela acordar...sua mãe não vai estar ali...como todos os dias...
Mas o colo da vó Madalena...vai ampara-la...e tentar amenizar...uma pequena confusão que vai acontecer em sua cabecinha...e em seu coraçãozinho...quando sua mãe chegar...carregando a Carolina...
É claro que eu e muitas mulheres que temos mais de um filho já passamos por este momento...
Já sentimos a dor de deixar pra trás um filho...enquanto você vai ali...buscar outro...
É claro que faz parte da vida...e que a pequena Júlia...não é a primeira e nem será a última criança a sofrer por ter que dividir um amor...
Ela vai aprender...como é difícil...e com certeza...nunca mais vai esquecer a cena...de ver sua mãe...que até então ela achou ser só dela...chegar carregando uma outra criança...
E a pequena Júlia vai ver ainda muitas outras cenas que serão terríveis...como ver sua mãe amamentando...cuidando...e ninando a Carolina.
Mas os psicólogos estão aí...esperando Júlias...Marias e Joãos...
Eles estão à espera de crianças e adultos...que não sabem como agir diante de momentos que mais pra frente eles podem até conseguir entender...que fazem parte da vida... vão permitir que eles gritem...chorem...falem...ou fiquem em silêncio...até conseguirem empurrar goela abaixo...Carolinas...Sofias...e alguns Mateus...que virão
Talvez a pequena Júlia depois de chorar...quebrar aquele brinquedinho que a vó Madalena comprou com suas economias...pegar seu gato pela orelha e arrasta-lo sem dó por toda a casa...até que ele se despedace inteiro...deixar de comer a comida que até ontem já fazia parte da rotina...acordar várias vezes durante a noite para ter a certeza que aquela tal de Carolina...está mesmo ali...enfrentar e aceitar que infelizmente não é um sonho...
ela vai seguir seu caminho...e com certeza vai estar bem mais preparada quando o Bruno vier...porque acreditem...eles ainda estão dispostos a esperar por ele...
E aí toda essa estória vai se repetir...e ela vai seguir de novo...com seu barrigão... com seus olhos de medo...seu coração cheio de dúvidas...deixando pra trás...sua Júlia...acordada...enfrentando bravamente uma situação já vivida...e sua pequena Carolina...talvez fique dormindo...se preparando...para quando acordar... viver pela primeira vez ....a dor ver sua mãe partir...e voltar...carregando uma outra criança nos braços...

Carla Pianchão

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Ela sempre me surpreende...


Continuação do texto...que está aqui embaixo...
Você tem filhos???
Ela chegou eufórica...
depois de me abraçar forte... a primeira coisa que disse foi...
Mãe deu pra comprar quatro coisas...(podia levar dinheiro para comprar lembranças... nas paradas do passeio)...e eu comprei um presente pra você...é pequenininho...mas acho que você vai gostar...
Naquele momento...eu percebi que o celular...e a câmera digital...nem fizeram tanta falta assim...
E eu abri...meu presente pequenininho...tentando mais uma vez ficar firme...
Nossa...!!! Como foi difícil.afinal ela sempre me surpreende...
Uma medalhinha...de São Francisco de Assis...
com muita dificuldade consegui dizer...
Que lindo filha...!!!
Claro que minha emoção foi gigante...mas ela estava tão maravilhada...e tão preocupada...em lembrar de todos os detalhes...que nem percebeu...
Contou tudo...e eu fiquei ali...escutando atentamente...tudo sobre a cidade que moro a mais de 40 anos...mas tudo bem...sempre se aprende alguma coisa...
mas o que mais me chamou atenção foi quando ela disse...
Mãe...eu vi as montanhas de pertinho...parece que elas encostam no céu...!!! (esta paisagem linda ela viu no Parque das Mangabeiras...).
Meu coração disparou quando ela disse...
A gente tinha que tomar cuidado...sabe mãe...pra não cair lá embaixo...
E eu tentando esconder o meu pavor só de pensar...perguntei...
Como assim????
Não mãe...não tinha perigo... só não podia ficar na beiradinha...tinha que obedecer a professora...
Meu Deus...!!!
Nem parei pra pensar ...e ela continuou...durante horas...contanto tudo...
E ela continua...sempre...
Surpreendendo-me...

Carla Pianchão

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Você tem filhos???



Hoje minha Maria saiu bem cedinho...
Foi para uma excursão...a primeira...
Vejam bem a que ponto chega a coragem dessas escolas...
Vão levar mais de trinta crianças para conhecer alguns pontos turísticos da cidade...(aula de geografia)...
Eu tenho pavor de andar por aí com minha filha...
no centro da cidade nem pensar...
tenho medo de assalto...de bala perdida...de confusão...enfim...pavores de quem mora em uma cidade grande...pavores de quem assiste o jornal na tv...
Mas como justifica a escola...faz parte do programa...fazer o que???
Não há como impedir...
Minha Maria nem dormiu...de tanta ansiedade...acordou várias vezes durante a noite...não pela excursão em si...afinal os lugares onde ela vai...todos ela já conhece...
Ansiedade pela liberdade...sair por aí...sem a mãe...sem o pai...sem o irmão...
Estaria tudo bem...se ela não tivesse saído daqui...com o narizinho vermelho...as lagrimas correndo pelo rostinho...tão branquinho...a cabecinha baixa...no banco de traz do carro...onde só estava ela...o que fazia o carro parecer maior...e ela ainda menor...
O pai ao volante...e eu no portão mandando beijos...que ela recebia...olhando de lado...sem levantar totalmente a cabeça...quase impedindo que eles...(os beijos) chegassem até seu rostinho...e quase me fazendo chorar...
Mas como toda mãe...fiquei firme...porque sabia que depois...poderia chorar mais tranqüilamente...
Querem saber porque ela chorava????
Porque ela queria levar...o meu celular...e minha máquina digital...
Alguém vai dizer...
Ô meu Deus...porque você não deixou???
Porque sou mãe...e sei que uma criança de 8 anos apenas...não tem maldade o bastante pra entender que as pessoas matam por um celular...morrem por uma câmera digital...porque infelizmente vivemos em um país com diferenças gritantes...o que faz com que algumas pessoas achem que podem usar de todos os recursos para conseguirem o que querem...
Claro que eu entendo a minha Maria...quando me disse com a voz embargada...quase soluçando...
Mãe, mas todo mundo vai levar...todas as mães deixam...
Neste momento...quase fraquejei...porque ela como todas as crianças...usam de argumentos fortes...e quase certeiros...quando querem conseguir alguma coisa...
E eu...mesmo sabendo que seria inútil...tentava explicar...dos perigos que ela corria...tentava mostrar que o meu amor é muito maior do que meu pavor...e que minha intenção era apenas protege-la...mesmo que por pouco tempo...eu sei...tenho consciência que vai chegar uma hora...que meus argumentos serão realmente inúteis...
Talvez agora ela já esteja lá na porta da escola...toda eufórica...com sua bolsinha rosa...que eu olhei sem que ela visse...o que tinha dentro...
Nada de mais...apenas sua bonequinha preferida...o que reforça o fato dela ainda ser uma criança...
E eu...vou ficar aqui...pedindo que Deus proteja todas essas crianças...e professores...e que Ele...dê-me força...para suportar o que ainda está por vir...
Que Deus...ajude-me a enfrentar o que os avanços tecnológicos estão fazendo com nossas crianças...e adolescentes...
Afinal ela só tem oito anos...por enquanto...
E como diz minha Maria...
Quase nove...

Carla Pianchão

domingo, 21 de setembro de 2008

Vou colocar aqui textos já escritos...e os que ainda vou escrever...

Vou tentar...



Vou tentar estar aqui...
sempre...
que eu quiser...
que eu puder...
vou vir aqui pra relaxar...
pra desabafar...
pra sonhar...
pra amar através das palavras...
sem pretenção...
sem compromisso...
com verdade...
com clareza...
com certeza de estar...vivendo...
tudo que posso...
tudo que acredito...
enfim...
quem quiser...
pode entrar...
pode comentar...
pode só olhar...
pode ler...
pode ficar por aqui o tempo que quiser...
vou ficar muito feliz...
se você vier...
um abraço
Carla Pianchão

Estava bordando...












Estava bordando, no meio de um silêncio quase ensurdecedor, quando de repente, ploft!
E sem que eu tivesse tempo para pensar no que seria ouvi de novo, ploft e ploft e ploft... Uma seqüência interminável de plofts me fez correr até a janela e perceber ainda sem acreditar que eram pedras enormes de gelo.
Rapidamente quis fotografar porque pensei que ninguém acreditaria se eu dissesse que as pedras eram do tamanho de um cubo de gelo.
Eu corria pela casa fechando as janelas porque as pedras entravam por elas, batiam nos vidros...
Corri para desligar as máquinas e o computador, nunca tive tanta dificuldade para achar aquele xizinho que fecha as páginas, o mouse não deslizava como de costume, e mesmo depois de achar o xizinho parece que o pc queria ficar e ver de perto tudo aquilo, porque demorou mais do que o normal para encerrar.
O João ficou enlouquecido, vibrava e dizia:
- Que doido mãe!
Vai entender o que se passa na cabeça de um adolescente.
A chuva foi indo embora e levou com ela a luz, mais uma vez fiquei no escuro sem máquina, sem pc, e sem poder me mexer, o que pra mim é enlouquecedor.
Mais tarde chega meu marido com o para brisa do carro estilhaçado, o teto do carro todo afundado, e a Maria que ele buscou no balé me dizendo eufórica:
- Nossa mãe foi muito legal, minha escola ficou cheia de gelo!
E eu que ainda a vejo como “minha Maria” perguntei:
- Você não teve medo???
- Claro que não mãe tava linda a chuva.
Ser criança é isso.
Fico pensando no estrago que essa chuva fez.
Mas ela veio lá de cima.
E novamente fico pensando se não estamos fazendo algo errado aqui em baixo.


Carla Pianchão

Uma ajudante prá lá de especial...


Doce, meiga, responsável demais, observadora demais, comportada demais...
De vez em quando ela perde a linha, pula, rola no chão, grita, solta uma gargalhada...

Eu olho e digo:
- Que bom!
Ela é “normal”, é criança, não tem medo de cair.
Ela se arrisca por que não tem noção do perigo.

Mas este momento duro pouco, lá esta ela de novo, sentadinha prestando excessiva atenção no filme, e quando é um dvd pergunta sem nenhum constrangimento:
- Posso assistir de novo? Não entendi uma coisa.

Ou então ela aparece do nada...
Mãe me dá um abraço?
E eu com uma das mãos ocupadas, como sempre, atendo a seu pedido.
E com a voz firme ela diz:
- Com as duas mãos mãe, quero sentir você.
Eu disfarço a minha surpresa diante de tal cobrança e abraço forte a minha pequena Maria.

Outra hora ela chega de mansinho:
- Precisa de ajuda mãe?
- Não filha.
Ela insiste:
- Não há nada que eu possa fazer?
Se eu responder novamente que não, sei que ela vai pegar sua cadeirinha rosa, vai sentar perto de mim, e vai dizer:
- Então vou ficar aqui, olhando você.



(Carla Pianchão)

Flores pra ela...

Foi no dia 09 de agosto de 2000.
Ela era forte, brava mesmo.
Filha de espanhola.
Baixinha
Linda
Não gostava de drama
Nem de lamentações
Não alimentava carências
Detestava chorôrô
Se eu contasse a ela algo que havia acontecido
Ela nunca perguntava, "o que você vai fazer?”
E sim o que você fez?
Ela nunca perguntava, "como vai resolver?"
E sim como resolveu?
Era imediatista
Tinha pressa
Gostava de levantar cedo
E se gabava disso
Adorava abrir as janelas
Com sol ou com chuva
Extremamente organizada
Excessivamente vaidosa

Foi no dia 09 de agosto de 2000

Minha Maria com apenas quatro meses, em meu colo.
Meu João com cinco anos, ainda agarrado em minha saia.
Eu me lembro, e nem se quisesse iria esquecer.
Eu mexia um mingau.
Quando recebi um telefonema.
Alguém me dizia, você agora não tem mais chão...
Sua referência foi embora e levou um pedaço da sua história.
Ela agora não está mais na platéia, vai ter que seguir sem ela.
E eu segui...
Porque se ela estivesse aqui agora, e me visse chorando, oito anos depois...
Ela diria, sem titubear:
Para com iss, enxugue essas lágrimas, Já passou...
Ela era assim...

Foi no dia 09 de agosto de 2000
Que eu perdi, um pedaço de mim...
Minha mãe...

Carla Pianchão

Tem coisas que acontecem


Ontem, depois de uma semana de muito trabalho, resolvi tirar um tempinho pra mim.
Acordei bem cedinho como de costume, e logo na primeira hora liguei para o salão, e pra minha surpresa só encontrei horário para as 15:00.
Tudo bem vou costurar, acertar os últimos detalhes para a feira, almoça, e depois eu vou.
Na verdade eu precisava mesmo era ficar por lá uns dois dias.
Nem vou entrar em detalhes sobre salão de beleza, as 15:00 de um sábado.
Assuntos diversos, desde marido que traiu a esposa com a cunhada, até filho de 12 anos querendo namorar a tia.
Depois de 3 horas por lá já quase terminando, estava nos finalmente de uma escova, quando começa a chuva, até aí nenhuma novidade, não fosse a energia acabar.
Pronto... metade do cabelo escovado e metade sem escovar.
A mulherada logo entrou em pânico, tudo escuro, mas, rapidamente surgiram os celulares.
Nunca vi tantos, todas as cores e modelos, e alguns até com lanterna o que ajudou a iluminar toda aquela cena.
Mulheres apavoradas com os carros que estavam na rua, com os filhos que estavam em casa, com a tinta no cabelo, com as unhas pintadas pela metade, com os compromissos, enfim, uma loucura.
Todas falavam ao mesmo tempo.
E eu ???? Meus filhos estavam seguros, com o pai, meus gatos ainda sem olhos, e bolsinhas ainda por terminar, não podia desespera, só esperar.
No meio de todas esses pensamentos, meu João, meu rapazinho, me liga:
Mãe está tudo bem? Aqui está sem luz, a Maria está com medo, e papai dormindo.
Seu pai dormindo???? (prefiro não comentar)
Calma, já estou indo, fique bem pertinho da Maria.
A chuva foi acalmando, mas nada da luz.
Fui embora,
Cheguei em casa, acalmei as crianças, sentamos todos no sofá feito galinha e os pintinhos, e esperamos.Nada da luz...
Resolvi acender uma vela e pensei, vou colocar os olhos nos gatinhos enquanto a luz não chega.
Como encontrar bolinhas pretas a luz de velas???
E colocar linha na agulha???
Claro que não deu certo...
E agora mamãe?
Vamos pedir a Nossa Senhora para fazer a luz voltar, ela sabe que você tem a feira não sabe??? Disse a minha Maria.
Depois de algumas horas, mamãe porque a Nossa Senhora não te atendeu?
Porque tem muitos pedidos, ela já vai atender.
A luz voltou às 22 horas, costurei até 1 da madrugada.
E estou aqui novamente, costurando e acreditando que vou dar conta, que vai dar tudo certo.
Quanto ao cabelo, depois eu resolvo.
Primeiro vou colocar os olhos nos gatos.

Carla Pianchão

A arte nos permite...


A arte nos permite...
Arquitetos e engenheiros, talvez não ousariam construir uma casa com um telhado torto.
Decoradores se espantariam com minha parede de flor e minha porta de coração.
Ahhhhhh....Mas os naturalistas adorariam.
Minha casa na montanha, verde o ano todo, com flores de botão, que não morrem nunca.
Flores de pano que não murcham.
Borboletas coloridas, natureza perfeita.
Os cientistas com certeza iam querer saber a fórmula que eu usei para mudar a cor do céu.
Afinal não é todo dia que a gente vê por aí um céu laranja de bolinhas brancas.
Se a casa é firme????
Claro que sim???
Não há vento, nem chuva forte, que derrube minha casa de telhado vermelho.
Fica difícil aceitar tudo isso???
O maravilhoso estilista Ronaldo Fraga tenho certeza, não se surpreenderia, ao me ver misturar, xadrez com bolinha, listrado com flores, e toda essa mistura de arte e cores.
A arte nos permite inventar e sonhar.
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