sábado, 18 de outubro de 2008

nossos filhos...nossos jovens...

Hoje eu fui a “Festa da Família” na escola da minha Maria.
Saí de casa as 11:00 da manhã, debaixo de um sol escaldante.
Minha Maria já estava pronta desde as 10:00.
Deixei tudo pra trás, porque naquele momento nada era mais importante.
Este é o tipo de evento que toda mãe sabe que não dá pra faltar, é preciso estar lá, faz parte.
Assim que chegamos minha Maria tomou a frente da situação, eufórica e aflita em me mostrar tudo e todos os projetos dos quais ela participou, ela ia de lá pra cá e de cá pra lá, querendo que eu visse tudo.
A escola é enorme, andei mais do que na minha caminhada diária.
Colocando o coração pela boca por causa do calor, respondia com cara de paisagem, sempre que minha Maria me perguntava se eu estava gostando...
Está tudo lindo!!!
Foi exatamente neste momento, vendo minha Maria linda, com seus cabelos cacheados, e o meu João quase do tamanho do pai, que eu não pude deixar de pensar na mãe da jovem que luta por um fio de vida, porque um outro jovem, não permitiu, sem ter esse direito, que ela escolhesse seu próprio caminho. Não aceitou que ela desse fim ao relacionamento dos dois...
É claro que agora, vendo a atitude insana deste jovem, sabemos porque ela não queria mais, porque com toda certeza ela deve ter percebido antes de nós quem era ele.
É revoltante ver uma jovem passar por todo este sofrimento por ter feito uma escolha, simplesmente porque não queria mais aquele amor, se é que podemos chamar isso de amor.
É triste ver um jovem não suportar a escolha da sua amada, é triste ver a dificuldade de um jovem em escutar um não.
É claro que vão aparecer profissionais com conhecimento de causa, para explicar com detalhes a atitude desse rapaz, que arruinou e destroçou com a vida, não só desta jovem, mas de todas as pessoas envolvidas neste relacionamento, neste amor doentio.
É claro que eu não tenho o direito de julgar nada nem ninguém, por desconhecer detalhes dessa estória...
Mas eu posso sentir daqui a dor da mãe desta jovem que luta por um fio de vida, e porque não, a dor da mãe deste jovem que não suportou viver sem seu grande amor.
Vendo minha Maria e meu João, fico apavorada em perceber que jovens começam cada vez mais cedo seus relacionamentos, se prendem e ficam dependentes deles, se envolvem exageradamente, e se perdem no momento em que um dos envolvidos resolve seguir um outro caminho, resolve seguir sozinho.
Terminar um relacionamento não é tarefa fácil para adultos experientes e com uma certa bagagem de vida, que dirá para jovens inexperientes, que ainda não conseguem distinguir paixão de amor.
Jovens que ainda não entenderam que amor não é posse, que não se pode prender em nome do amor, não se pode matar em nome do amor...

Que Deus nos ajude e nos dê forças...
Que Deus ajude nossos filhos e nossos jovens...

Carla Pianchao

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